sexta-feira, 18 de abril de 2008

ISABELLA OLIVEIRA NARDONI

Instantes de verdadeira embriagues, navegam meus sentimentos.
Sei lá no que me convém pensar, analisar, ou esperar de tudo isso.
Apenas sangro o que dela foi retido.
Buscando compreender o que jamais será compreendido!
Eu indago serenidade à leviana autoridade, quanto à contestação.
Lamento sinceramente, as minhas palavras tórpidas e grosseiras.
Lamento minha fraqueza, mas não consigo digerir a frieza,
A forma profissional com que a família destila os fatos!

O caminho por onde tudo permeia é no mínimo obscuro!
Lastimável é a torrencial falta de emoção, clareza e sinceridade.
Inertes e precavidos se perdem num jogo delinqüido
Vicejando encontrar uma peça que jamais existiu!
E se existiu porque não consta no depoimento do pai?
Indago ao mesmo se não se sente culpado por negar socorro?
Reconheço toda a ciência e nuances para reduzir a pena...
Agora não venham nos taxar de tolos nem muito menos loucos!

Nem mesmo a ousada peça do avô, me surtiu compaixão,
Ao admitir entregar o próprio filho, se assassino fosse.
Ridícula toda articulação contrariando como prova a frauda,
Diante do fato de que ambos ficaram na cena do crime,
Orquestrando através do telefone a melhor estratégia,
Não se preocupando em nenhum momento com a filha
Inconsciente, que poderia ainda estar implorando por vida.

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