sexta-feira, 18 de abril de 2008

O HOMEM QUE DESAFIOU O DIABO E SONHAVA COM AS TERRAS DE SÃO SARUÊ, LUGAR ONDE OS RIOS SÃO DE LEITE E AS MONTANHAS SÃO DE RAPADURA O OCO DO MUNDO.

O nome do cabra é José Araújo Filho,

Hospede do povoado de jardim dos caicós.
O seu primeiro freguês é o turco Said,
Melindroso Sr. que exita em conhecer os seus produtos...
Eis que puxa da mala um tecido, de futuro comprometido,
Mesmo sem o seu conhecimento estava ao fio entrelaçado,

Quando a noite cai se esbalda num forro
Um ser de fala mansa e boa poesia: "Seisiom”
Eis a tradução Moises ao contrário

Devaneia sobre as terras de São Saruê
E vendo José encantado por Dualiba, lhe avisa:
Ser filha do turco, mulher de gênio forte e difícil de encarar
Apesar do recado, se lambuza no melado, e vai repousar
Foi apenas um cochilo, logo seu barraco é sacudido
Indelicado acordo lhe é empurrado de goela adentro,
Ou José se casa com Dualiba,
Uma nova saída à perda definitiva de seus documentos

O casamento é o acontecimento da cidade,

Dualiba é insaciável, e de José que sugar todo o caldo
Inquieto e com a bateria gasta,
Avista como saída, fingir comprar cigarro
Bota a megera no bolso vai para um cabaré em natal
O pior foi o reencontro, justo na hora de recitar

E no bordel lhe põe cabresto, trazendo de volta para o lar
Saliente e tinhosa quer uma prova mas José não lhe dá
O sogro agora o humilha, entre as gemadas de Dualiba
Nada parece enfim mudar,
Humilhado, derrotado sem a menor perspectiva,
Até que fora acordado pela língua afiada e maldita,
Viu na barbearia toda sua vida na lama
Ao depilar sua esposa na cama, virou barbeiro de periquita

Caçoaram de Araújo que não gostou da fama
O salão ele quebrou quase todo e o sogro fez tremer
Mostrou para a cidade que estava exposto a sorte

Aplicando um corretivo em Dualiba para todo mundo ver
Sem demora foi ao cartório tratar da própria morte

Teria morrido de caganeira para enfim outro cabra nascer
E assim nasceu Ojuara, Araújo de traz para frente
Reinando sem passado nem presente,
Riscou o sertão com seu cavalo até novos seres encontrar
Anunciavam que eram feitos do vento da noite,
Seduzido por orgia, da zona Ojuara quer saber...

Disseram: - mulher por aqui, só a mãe de pantanha
Eita mulher argilosa, cheia de artimanhas

Suas entranhas são armadilha, para o homem enfeitiçado
Ao lhe satisfazer na cama seu bastão é tosado
O peão cansado de um casebre quer saber

Só que é informado que melhor seria esquecer
Assim Ojuara irrita e segue o seu destino
Ressabiado com o frio que está sentindo
Um novo aviso do morador Ojuara descarta
E assim é convidado para conversar e tomar cachaça

Logo ouve as gargalhadas que estremece o recinto
Um tesouro seria o pacto do morador com o estrupício
Girando feito um rodamoinho o cão miúdo aparece
A dançar saltitante veio cobrar o que lhe pertence
Rindo em tom de deboche segue o capiroto contente

Ojuara arma a guarda e com o chifrudo quer brigar
Não se curva o tinhoso e suas habilidades vai mostrar
Desenvolto e escorregadio feito pinto na merda
Esparrama-se num forte soco que Ojuara lhe acerta

O excomungado então desperta e de Ojuara vai tratar
Suspendo Ojuara com um coice que o faz desacordar

Resta agora a Ojuara o ponto fraco do maldito
Introduz a mão no rabo do diabo, e dele ouve o grito
O velho enfim adormece.Ojuara ao o enterrar se enriquece
Só que ressabiado, Ojuara enterra ambos no mesmo buraco

Seu objetivo agora é conhecer a mãe de pantanha
Ao chegar num puteiro seu coração logo se assanha
O bordel está fechado, é o recado da perfumada dama

Descartado pelo seu amor se depara novamente com Sesiom
E para entender o furduncio logo chamam D. belinha

Lhe informando que o motivo são as brutalidades de Zé Tabacão
Enfurecido Ojuara faz abrir a casa, dando o cavalo como garantia
Irradiando de desejo Ojuara sente seu coração balançar
Tendo Jenifer nos braços sente a porta do seu quarto ruir
E na frente de Zé Tabacão vê seu grande amor lhe trair

Esta diz que foi forçada, ele não acredita no que acaba de ouvir

Apesar da dor enfrenta Zé tabacão e passa por maus bocados
Se vinga no final ao derrotar tabacão agarrando-lhe pelo saco

Mais tarde já restabelecido se encanta com uma linda bailarina
O seu bailar no ar é o que mais lhe fascina... E vive a sonhar!
No seu caminho surge uma peleja com o boi mandingueiro,
Tendo como recompensa a formosa filha do fazendeiro,
Alucinado por mãe de pantanha, só tem tempo pro descanso...
Não demora muito e um intruso bole com seu sentido,
Haverá ser mais feio? Mas Ojuara o faz amigo,
Ao mostrar que a beleza e a feiúra estão em toda parte.
Seja na morte ou na arte, como o seu próprio destino

Dentro do castelo Ojuara tem que escolher
Experimentará primeiro a tortura ou o prazer

Revela o desejo por Jenifer cuja a mágoa logo esquiva
A escolhida tem pelinhos encarnados é a linda bailarina
Prazerosa e divina noite,trás a manhã de farta ceia
A rapadura é modelada pelo canivete que a torneia
Dando a mãe de Pantanha para moer por inteira
Uma nova aventura o espera, duas feras pra domar
Reintegra ao povo da fazenda o boi mandingueiro
A Zé Bernardo Leonor por quem se diz amar

O seu destino é complicado, a bola da vez é Zé pretinho

O menino que o ajudara em sua chegada ao Jardim de Caicó
Como efeito ou mágica, logo se depara com Jenifer e Leonor
OJuara afoito só pensa em sugar o mel de sua flor

Dolorosa e a sua sina, na hora "h" surge um pra empatar
Ojuara então descobre porque Jenifer também é JenAP

Mudaram e enfim o casal conhecera a tal felicidade
Um momento...que o coisa ruim é matreiro e covarde
Não lhe poupou a mulher, muito menos o filho
Decidido Ojuara novamente enfrenta o maligno
O que enterra no fiofó do diabo desta vez é um cachimbo.......aceso!!!!!

Postado por Acrósticos.com às 1/30/2008 0 comentários

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